Antes o incômodo fosse apenas o cheiro forte impregnado nas
roupas e no cabelo. Mas os problemas são bem mais graves para quem convive com
a fumaça do cigarro dos outros.

Irritações:
Algumas reações como irritação nos olhos, tosse, coriza, dor de cabeça, agravamento
de doenças respiratórias e náuseas são os chamados sintomas de curto prazo para
os fumantes passivos. Com base na especialista em tabagismo Sabrina Presman, da
Associação Brasileira de Estudo do álcool e outras drogas (Abead), esses riscos
aumentam quando os fumantes concentram-se em lugares fechados ou pequenos, como
festas ou dentro do carro.
Doenças pulmonares:
A especialista Sabrina Presman afirma que crianças expostas diariamente à
fumaça do cigarro têm chances 50% maiores de desenvolver alguma doença crônica,
como bronquite e asma. Nos adultos que já sofrem com esse tipo de problema, a
intoxicação agrava os sintomas e provoca crises frequentes de falta de
ar.
Câncer: Você está
muito enganado se acha que só os fumantes correm risco de ter câncer. O
ambiente onde uma pessoa acabou de fumar contém as mesmas substâncias inaladas
pelo dependente. E pior: em maior quantidade. Os cânceres relacionados à
inalação da fumaça do cigarro são os de pulmão, vias aéreas e brônquios, fígado
e bexiga.
Piora da saúde
mental: A exposição à fumaça do cigarro, para fumantes ou não fumantes,
pode aumentar os riscos de doenças psiquiátricas. Estudo da University College
London, no Reino Unido, avaliou os níveis de cotinina (substância indicadora de
exposição ao fumo) na saliva de 5,5 mil não fumantes e 2,7 mil fumantes sem
histórico de doenças mentais e constatou: a maior exposição ao cigarro
aumentava em 50% as chances de aparecimento de algum tipo de sofrimento
psicológico, como depressão e transtornos de ansiedade. E este número aumenta
conforme aumenta a exposição aos gases tóxicos.
Afeta a aprendizagem
de crianças: Rebeldia, irritação e dificuldades de relacionamento e na
escola são comuns em crianças expostas à fumaça do cigarro. Uma pesquisa da
Academia Americana de Pediatras, feita com mais de 55 mil crianças de até 12
anos, mostrou que cerca de 6% delas estava exposta ao fumo passivo dentro de
casa e sofriam as consequências disso. Os resultados mostraram que crianças que
fumavam passivamente tinham 50% mais chances de desenvolver problemas de
comportamento e aprendizagem, tanto na escola quanto na relação com os
pais.
Sinusite crônica:
A fumaça do cigarro é um dos principais gatilhos para a sinusite crônica, de
acordo com estudo da Universidade de Brock, no Canadá. Para chegar a esse
resultado, a pesquisa avaliou 306 adultos que não são fumantes que
desenvolveram sinusite e 306 que não são fumantes saudáveis. O acompanhamento
desses voluntários permitiu descobrir que a exposição à fumaça do cigarro
triplicou as chances de desenvolver a doença crônica. A incidência da doença é
maior em pessoas que já apresentam algum sintoma de sinusite. "Os sintomas
da sinusite são agravados quando você é fumante passivo. Por causa disso, a
doença eventual pode acabar se tornando um problema crônico", afirma
Sabrina Presman.
Prejudica a audição de adolescentes: Muitos adolescentes
expostos à fumaça do tabaco têm quase o dobro do risco de sofrer perda auditiva
em relação aos que estão livres do ar tóxico, segundo estudo desenvolvido na
Universidade de Medicina de Nova York, nos Estados Unidos. A pesquisa envolveu
mais de 1.500 adolescentes com idades entre 12 e 19 anos, avaliados
inicialmente em suas casas e, depois, submetidos a testes de audição e
avaliação de amostras de sangue para determinar os níveis de substâncias que
pertencem à fumaça do cigarro.
Por fim, os pesquisadores concluíram que os adolescentes
expostos ao fumo passivo estão mais propensos à perda auditiva neurossensorial,
problema que costuma ocorrer na velhice ou entre crianças nascidas com surdez
congênita.
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